PRÓLOGO
No Limit se concentrava em decifrar estranhos códigos em Java
emitidos de um lugar distante em outro continente, talvez na América Latina,
Talvez no Oriente Médio, que chegaram até ele pelo canal exclusivo e
ultrasecreto do Autaninter, o maior clube de hackers do mundo. "What is
this, boy?", perguntava a si mesmo diante de tão complicada mensagem. Quem
mandou, entretanto, pouco importava porque, sabia ele, tratava-se de um
"cyberbrother", do Autaninter. "I Think Cyber Don Richards send
me it", dizia ele, diante de seu velho e turbinado Pentium III. Don
Richards era um cyberbrhoter de Israel, e se tratava de um dos mais ousados
hackers do Oriente, conhecido berço de especialistas em computador. Era
fundador do Autaninter. Graças a ação de Don Richards, Israel ganhou tempo de
negociar um tratado de paz com o povo Al-Kayab, que vive em território tido
como pertencente aos israelenses. Um terrorista, em nome de Al-Kayab, anunciava
uma ofensiva de bombas sobre cidades de Israel. Um homem lançaria uma pasta
preta de um edifício sobre uma rua movimentada de Belém para fazer várias
vítimas mas a bomba eletrônica foi desativada desde Jerusalém, onde Don mora,
através de hackeamento do sistema de detonação. Vendo que o melhor caminho
seria a diplomacia, líderes Al-Kayab firmaram o acordo de paz e todos estão bem
relacionados até hoje.
Don era o único no Autaninter que usava nome completo (seu
pai é inglês) e não omitia o local de morada -a cidade sagrada de Jerusalém.
Difícil era localiza-lo. Agentes secretos do mundo inteiro tentaram mas jamais
conseguiram sequer chegar a cem metros de onde estava -muitas vezes em quartos
secretos de mesquitas.
Don Richards era, na verdade, o melhor do mundo.
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